domingo, 10 de julho de 2011

Radicais Livres e a Aterosclerose

Olá queridos leitores,

hoje venho aqui explicar-lhes a relação existente entre os Radicais livres e essa terrível doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo, a aterosclerose.
Primeiramente, vamos entender resumidamente o que é aterosclerose.
É uma doença que atinge a parede das artérias (tecido epitelial de revestimento arterial) podendo levar à obstrução parcial, ou até mesmo completa da luz desses vasos, desencadeando graves lesões nos tecidos irrigados pelos ramos afetados. Como essa obstrução ocorre? Tudo se inicia com lesões do endotélio. Essas lesões ativam mecanismos de sinalização que atraem monócitos (glóbulos brancos) para o interior da parede da artéria, tranformando-se em células que acumulam substâncias gordurosas (principalmente colesterol). Esse acumulo ocasiona um espessamento da parede do vaso lesionado, dando origem à placa de ateroma. O crescimento dessa placa, além de aumentar o estreitamento da luz desse vaso, como mensionado anteriormente, também contribuirá para a redução da elasticidade da artéria. Ainda com o desenvolvimento da patologia, pode haver um acúmulo de cálcio, oferecendo risco de rompimento da parede arterial. Outro risco ligado a dinâmica do ateroma, está ligado ao fato de esse poder derramar seu conteúdo lipídico na sangue, desencadeando a formação de um coagulo (trombo), o qual pode percorrer o lumen arterial indo se instalar em um local de menor diâmetro dessa artéria. Dessa forma, oferece risco de interrupção total do fluxo sanguineo no vaso, podendo levar a lesões teciduais, ou em casos mais graves, a morte.

Neste momento vocês devem estar se perguntando, e os radicais livres, onde entram nessa história?
Bom, é muito simples entender essa parte. Na lesão do endotélio, ocorre um afluxo de macrófagos, que ao serem ativados liberam radicais superóxidos, peróxidos de hidrogênio e enzimas hidrolíticas. Essas substâncias além de lesar células vizinhas, estimulam a proliferação de músculo liso subendotelial. Uma curiosidade, é que a fumaça do cigarro, por ser rica em ferro, catalisa a oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL). Com isso, haverá a internalização de colesterol pelos macrófagos, que se transformam em células espumosas, que juntamente com a proliferação do musculo liso irá acentuar a formação da placa de ateroma. (Olha aí mais um motivo para não fumar!)
Para que vocês possam visualizar melhor o processo de formação do ateroma, assistam ao vídeo a seguir:

http://www.youtube.com/watch?v=5gHIt-kx50I&feature=related

Nele vocês veram ilustrativamente como ocorre todo esse processo.


E aqui terminamos mais um post, trazendo a vocês, informações que contribuem para que vocês possam entender melhor o mundo de atividades que envolvem essas moléculas tão intrigantes que são os RL's.
Um abraço radical a todos.

Referências Bibliográficas:

http://www.akspublication.com/paper05_jul-dec2006.htm


http://radlivres2010-1.blogspot.com/2010/07/aterosclerose-e-sua-relacao-com.html



http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/17527

http://www.revistasaude.unipam.edu.br/files/Ed_1/O_PapelDoOxidoNitricoNaProtecao.pdf

http://books.google.com.br/books?id=cw_NhCwsMdcC&pg=PA1148&lpg=PA1148&dq=trombose+radicais+livres&source=bl&ots=XxOAwSalAi&sig=emeyl9nRCNGn-Ha1dCrMiIJIE1Q&hl=pt-BR&ei=S9D3TdKUOKTV0QGHq_igCw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CBcQ6AEwADgK#v=onepage&q=trombose%20radicais%20livres&f=false


http://docs.google.com/viewer?a=v&q=cache:CRCeou8Lj1kJ:www.setfarma.com/anexos/a20080820152740.pdf+aterosclerose+e+trombose&hl=pt-BR&gl=br&pid=bl&srcid=ADGEESgP_h2SyWbEXkTXz4gc-gfWh8a0Mn9rDjRnZvHKQVeQN-6th04ZN0sIGz9yZW4o-px0cEUR_SuZDQtYRj9s1VYjNfNAnk51IG-Tp9qCAnF_J2m4Lv_jsbE512nvqO7OmJEFusdS&sig=AHIEtbQ9LYR94ISb7U6-z0pG4oQqlS9ocQ

sábado, 9 de julho de 2011

Painéis

Caros leitores e leitoras, segue o link para um arquivo compactado dos painéis apresentados pelo grupo de Radicais Livres, 2011.1

http://www.4shared.com/file/d96SNMNF/Painis_Radicais_Livres_20111.html

Caso não consigam fazer o download, ai vai um link da imagem de cada um:

Painel - Guilherme Sobre Radicais Livres e um pouco de sua história
Painel - Ian Sobre Metabolismo do Ferro
Painel - Jéssica V. Sobre Doenças Relacionadas aos Radicais Livres
Painel - Larissa Sobre Benefícios e Malefícios dos Radicias Livres
Painel - Pedro Sobre Antioxidantes




Metabolismo do Grupo Heme

Queridos leitores do nosso blog, como vocês já sabem, a principal molécula na qual o ferro está presente é denominada Heme. Mas afinal, como essa molécula é formada? Quais os produtos do seu catabolismo? E as doenças relacionadas com problemas nesse metabolismo? Seguimos então para sanar essas dúvidas.

Primeiramente, o grupo heme é formado em todos os tecidos animis, mas principalmente na medula óssea e fígado a partir da interação entre um átomo de Fe++ e uma molécula da classe das porfirinas (possuem quatro anéis heterocíclicos ligados entre si por grupos de meteno (-CH=)) denominada protoporfirina IX. Essa molécula é formada a partir de uma molécula de succinil-CoA e uma de glicina, que formam porfobilinogênio e 4 dessas moléculas combinam-se para dar continuidade da via. A seguir as estruturas da via e as enzimas presentes no processo.

Figura 1 - Biossíntese do heme apresentando as reações e respectivas enzimas. 1. Porfobilinogênio sintetase; 2. Uroporfirinogênio sintetase; 3. Uroporfirinogênio III cosintase; 4. Uroporfirinogênio descarboxilase; 5. Coproporfirinogênio oxidase; 6 Protoporfirinogênio oxidase; 7 Ferroquelatase.


A primeira reação não está representada no esquema, apesar da grande importância, pois constitui a etapa limitante (regulatória) da síntese do heme. Nessa reação uma molécula de succinil-CoA reage com uma de glicina para formar aminolevulinato (ALA), através da enzima mitocondrial ALA sintetase.


A degradação do grupo heme ocorre predominantemente no fígado, baço e medula óssea, através da degradação da hemoglobina de hemácias senescentes. Esse catabolismo ocorre em duas etapas:

1. A quebra do grupo heme, com a liberação do Fe++ (transportado pela ferritina para se reagrupar com porfirina na formação de novas moléculas de hemoglobina) e a quebra dos anéis da porfirina, os quais formam a proteína biliverdina. Essa etapa é catalisada pela enzima heme oxigenasse.

2. A oxigenação da biliverdina formando bilirrubina. A enzima responsável é a biliverdina redutase.


Abaixo um esquema da bioquímica dessas etapas:


Essa bilirrubina é conjugada com ácido glicurônico no fígado de modo a diminuir sua toxicidade. A bilirrubina conjugada é então excretada junto à bile no duodeno onde o ácido glicurônico é removido e a bilirrubina é reduzida a urobilinogênio, o qual pode sair com as fezes ou ser reabsorvido. Caso seja reabsorvido, ele pode ser excretado novamente com o suco biliar ou voltar a circulação geral, nesse caso o rim se responsabilizará por excretá-lo. Que tal mais um esquema para ajudar no entendimento? Lá vai!


Por fim, as doenças. Uma disfunção na via de síntese do grupo heme ocasiona em patologias denominadas porfirias, as quais apresentam um grave quadro de anemia, pois não há transporte de oxigênio adequado para os tecidos. Além disso, quando a via é interrompida após a formação do anel das porfirinas, ocorrerá a degradação do mesmo e formação de grandes quantidades de bilirrubina, cujo acúmulo nos tecidos produz uma pigmentação amarelada (icterícia). As concentrações dessa molécula no sangue e na urina são importantes testes na detecção das porfirias.



Referências

http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/restrito/pdf/heme_luciele.pdf

http://www.ciencianews.com.br/cien-news/porfirias.pdf

Atuação dos radicais livres



Então, queridos leitores... Hoje detalharemos um pouco mais o papel desses reativos de oxigênio além do que já foi comentado.


Além de diversas doenças como dermatite, psoríase, vitiligo, frieiras, alergias, diabetes, insuficiência renal, hipertensão, catarata, úlceras, asma, artrite, gota, Parkinson, Alzheimer, arterosclerose (algumas delas melhor aprofundadas na secção de patologias deste blog); os radicais livres também atuam na lipoperoxidação. Esse processo atinge a membrana, apesar dos radicais atacarem todos os componentes celulares, e interfere em propriedades como sua estrutura e permeabilidade influenciando, assim, em diversos processos biológicos (trocas iônicas, liberação de enzimas) além da formação de produtos tóxicos levando a morte da célula.


Todavia, nem sempre este processo é prejudicial. Os produtos advindos da lipoperoxidação têm papel fundamental nas reações, em cascata, a partir do ácido aracdônico associado aos processos inflamatórios.


Essas moléculas reativas também atuam no envelhecimento, completamente detalhado no blog de envelhecimento dos nossos colegas cujo link vocês podem achar neste blog; na alteração as diversas ligações presentes no material genético e na apoptose também especificamente comentada na postagem “Radicais livres e o controle da apoptose”.


Também percebemos importante papel dos radicais livres na coagulação, ação bactericida (macrófagos ativados liberam radicais livres na presença de IL-2), cicatrização e aceleração na liberação do oxigênio ligado à hemoglobina nos glóbulos vermelhos do sangue, para o interior dos tecidos.


Por isso é necessário um equilíbrio no número de radicais e antioxidantes, a fim de não sejam eliminados do nosso corpo e não causem o estresse oxidativo.






sexta-feira, 8 de julho de 2011

Radicais livres e o controle da apoptose.

Olá queridos leitores do blogs dos Feras Radicais,

venho hoje aqui para lhes fornecer mais uma curiosidade a respeito dessas intrigantes moléculas que, cada vez mais têm sido objetos de estudos de pesquisadores em de todas as partes do mundo.

Hoje o tema de nossa postagem é a relação entre os radicais livres, e o mecanismo de morte programada, apoptose. Mais uma vez, apresentaremos um assunto em que os radicais livres pode atuar de forma benéfica ao organismo, porém há também o aspecto negativo, que também será apresentado a seguir.

Em nosso organismo existem mecanismos de controle do ciclo celular mediados por enzimas, proteínas de membrana, proteínas citoplasmáticas, organelas citoplasmáticas e células fagocitárias. Para haver esse controle as células apresentam mecanismos de sinalização para ativar o processo de apoptose, apresentando duas vias principais de desencadeamento desse processo: via externa e via interna.

De forma resumida, a via externa de ativação da apoptose relaciona-se com o aumento de concentração, na membrana celular, de uma proteína específica (Fas). Essa proteína sinaliza para que um grupo celular, os Linfócitos T Citotóxicos, que apresentam em sua membrana externa uma proteína específica (Ligante de Fas), que irá reconhecer a célula ser fagocitada, e assim, esse complexo enzimático irá desencadear uma cadeira de ativações de enzimas presentes no citoplasma (Procaspases, que quando ativadas tornam-se caspases), e essa cadeia de ativações irá ativar o processo de apoptose. A via interna, relaciona com a inibição da proteína Bcl2, que é responsável por inibir o complexo protéico, porinas, presentes na membrana externa das mitocondrias. Quando a proteína Bcl2 é inativada, por outras proteínas (Bax e Bad), o complexo porinas irão então formar poros na membrana externa da mitocôndria, o que permitirá que citocromos c presentes no espaço intermembranar mitocondrial seja liberado para o citossol. Esse citocromo c, juntamente com ATP, Apaf1 e caspase 9 formam o apoptossomo, que então ativará o processo apoptótico.

Bom, onde entram os radicais livres nessa história. Para comprender isso, é necessário citar mais um complexo protéico presente nas células eucariontes, que é a P53. Qual é a principal função dessa proteína? Ela é responsável por identificar erros no DNA, e tentar corrigi-los. Quando essa correção não é possível, essa proteína então ativará vias apoptóticas para evitar que aquela célula se prolifere, transmitindo seu DNA defeituoso. Voltando aos radicais livres, eles são importantes causadores dessas lesões do DNA. Será porém que essa lesão será sempre negativa para o organismo? A resposta é não. Quando há no organismo equilíbrio adequado entre radicais livres e antioxidantes, essas lesões são graduais e em uma velocidade tal, que atingirá um ponto crítico de lesão, que tornará necessária a eliminação dessa célula, no tempo previsto de vida útil de uma célula. De forma mais resumida, as lesões graduais do DNA por ação dos radicais livres serão importantes para imperdir que uma célula se divida por tempo indeterminado, e assim diminuirá as possibilidades de haver erros de divisão celular. Sendo assim, os RL's são importantes fatores de controle de doenças, como o câncer.




Seguindo esse raciocínio, deve se ter muito cuidado com a ingestão de substâncias antioxidades, pois quando em ecesso em nosso organismo, irão restringir as células de uma forma de controle da divisão celular. Aumentando assim, as possibilidade de se desenvolver patologias relacionadas a esse processo celular. Porém o ecesso de RL's no organismo também será prejudicial por tornar essas lesões ao DNA muito acentuada, causando lesões a tecidos entre outros prejuízos ao organismo.

Por tanto, é aconcelhável que se tenha um cuidado com nossa alimentação e nosso estilo de vida, pois esses são importantes fatores externos que afetam a concentração dessas moléculas em nosso organismo, visando estabelecer um equilíbrio adequado entre as concentrações de radicais livres e antioxidantes.

Obrigado por acompanhar nosso blog.

Esperamos que nossas postagens estejam esclarecendo suas dúvidas, e se precisarem, entrem em contato conosco, que será um prazer atendê-los.

Referências bibliográficas:

terça-feira, 5 de julho de 2011

Tipos de Radicais Livres

A postagem de hoje é dedicada exclusivamente a classificar e apresentar algumas das espécies reativas que possuem relevância no organismo humano.

Os radicais livres são classificados de acordo com sua estrutura química como explicita a tabela abaixo:


Dentre esses essas espécies reativas, destacaremos aqui as seguintes:

Oxigênio singlet (1O2): É a forma excitada de oxigênio molecular e não possui elétrons desemparelhados em sua última camada. Atua oxidando os ácidos graxos poliinsaturados das membranas, o que acarreta alterações na estrutura e na permeabilidade destas, para formar peróxidos, fenômeno conhecido como lipoperoxidação. Envolve-se no efeito citotóxico da terapia fotodinâmica (uso terapêutico de reações fotoquímicas).

Peróxido de hidrogênio (H2O2): esta molécula também não possui elétrons desemparelhados. Tem vida longa e é um metabólito do oxigênio extremamente deletério é capaz de atravessar camadas lipídicas, pode reagir com a membrana eritrocitária e com proteínas ligadas ao Fe++5, sendo é altamente tóxico para as células (principalmente na presença de ferro) além de participar da reação que produz OH. com a participação de ferro , a reação de Fenton:



Também participa no processo de lipoperoxidação. É formado pela β-oxidação de ácidos graxos de cadeia longa nos peroxissomos.

Radical hidroxila (OH .): é o radical livre mais reativo em sistemas biológicos, devido à combinação extremamente rápida com metais ou outros radicais no próprio sítio onde foi produzido. Interfere na função de varias proteínas por oxidar seus grupos sulfidrilas (-SH) a pontes dissulfeto (-SS). Também participa no processo de lipoperoxidação.

Radical superóxido (O2-.): é formado após a primeira redução do O2.. Ocorre em quase todas as células aeróbicas, atingindo seu pico durante a ativação máxima de neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos. É altamente reativo, mas não possui muita solubilidade em lipídeos. Não consegue, portanto, difundir-se para longe do sítio de origem. Participa de uma das reações que produzem OH., a reação de Haber Weiss:



Radical hidroperoxila (HO2.): é a forma protonada do radical superóxido, ou seja, possui o próton hidrogênio (H+). É mais reativo que o superóxido, por sua maior facilidade em iniciar a destruição de membranas biológicas.

Referências Bibliográficas:

http://bioquimica.ufcspa.edu.br/seminario/radicaislivresgeovana.pdf

http://www.bv.fapesp.br/pesquisa/?index=mh&lang=pt&q=%22Oxig%C3%AAnio%20singleto%22

http://www.sbcd.org.br/procedimentos.php?id=599

http://hudsonzanin.blogspot.com/2010_08_01_archive.html

domingo, 3 de julho de 2011

Radicais Livres e a Ereção Peniana

Caros leitores, acreditem se quiser... Dentre as muitas funções, ou melhor, mais que funções, dentre os benefícios dos radicais livres encontra-se a ereção peniana humana.

O responsável por isso é o óxido nítrico. O óxido nítrico (NO) é um radical livre, gasoso, inorgânico, incolor, que possui sete elétrons do nitrogênio e oito do oxigênio, tendo um elétron desemparelhado.

Inicialmente, por volta de 1980, essa molécula era considerada apenas constituinte da família dos poluentes ambientais que, além de indesejável, era considerado um agente cancerígeno em potencial. Porém, com a evolução da ciência nestes trinta anos, foi descoberta a função do NO como um importante mediador de processos intra e extracelulares.

A produção deste radical se deve pela ação da enzima NO-sintase constitutiva (c-NOS) e induzível (i-NOS) partindo do aminoácido L-arginina.

Dentre as funções deste ERMO, que podem ser tanto benéfica como maléfica, estão:

- mediador citotóxico de células imunes efetoras ativadas, capaz de destruir patógenos e células tumorais.

- mensageiro/modulador em diversos processos

- estresse oxidativo

- geração de intermediários do oxigênio

- deficiência do sistema antioxidante

- regulador seletivo da tônus da circulação pulmonar

E, finalmente, está envolvido na proteção do vaso sangüíneo e no relaxamento vascular. E aí que esse radical se associa atua para auxiliar na ereção. A nível do endotélio vascular, o NO produzido difunde rapidamente até à musculatura lisa adjacente. Aí ativa a guanilato ciclase e leva ao aumento de produção de cGMP(guanilato monofosfato cíclica) . Este por sua vez aumenta leva a uma diminuição do cálcio intracelular, resultando em relaxamento da musculatura lisa e vasodilatação.

Com estimulação, o NO é liberado por ramos dos nervos parassimpáticos, que atuam vascularizando o tecido erétil do pênis. As artérias sobre atuação do óxido nítrico dilatam e enchem de sangue os corpos cavernosos e esponjoso, gerando assim a ereção.


Referências Bibliográficas:

http://www.uninet.edu/cimc99/seminarios/moreira/nitrico.html

http://www.scielo.br/pdf/jbpml/v39n4/18548.pdf

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Watch N' Ask SPECIAL EDITION

Queridos leitores... Aqui vai mais uma curiosidade radical! Por que os vampiros não gostam de oxigênio singlete? Sei que vocês devem estar pensando: “vampiros!?” e é completamente pertinente. Porém o que poucos sabem é que a origem das lendas de vampiros e lobisomens deriva do comportamento observado em indivíduos, principalmente do nordeste europeu, que apresentavam doenças hereditárias como a porfiria eritropoiética e a porfiria cutânea tarda em tempos antigos. A aparência deformada, hábitos noturnos, anti-sociabilidade são características que até hoje encontramos nesses monstros mitológicos e que são herdadas desses indivíduos com tais doenças.

Esses tipos de porfiria são alterações enzimáticas que geram o acúmulo intracelular de porfirinas, que são moléculas de grande importância no transporte e armazenamento de oxigênio e transferência de elétrons. Essas moléculas também são muito estudadas devido a propriedades como a afinidade por tecidos tumorais, baixa toxidade e a capacidade de absorção de luz, possibilitando sua utilidade em tratamentos como a terapia fotodinâmica.

Devido a tais alterações enzimáticas, as porfirinas acabam se acumulando passando a circulação e, posteriormente, a pele, já que as porfirinas não incorporam o ferro para formar os grupos heme do citocromo e da hemoglobina, presente nos eritrócitos. Se pessoas que apresentam esse acúmulo saírem à luz do dia, as partes expostas ficarão ulceradas através da ação fotodinâmica do oxigênio singlete e, às vezes, o hirsutismo (excesso de pelos no rosto). Daí a aversão à luz típica dos vampiros e os peludos lobisomens. Coincidentemente, porém não propositadamente, o alho com seus abundantes tioálcoois são supressores eficazes do oxigênio singlete além do que a “sede por sangue” na verdade seria a o mecanismo de compensação pela falta de hemoglobina. E assim foram criados os vampiros... Pelo menos aqueles clássicos.

Referências Bibliográficas

http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/JNIC/RESUMOS/resumo_3365.html

http://www.crq4.org.br/default.php?p=informativo_mat.php&id=443

Postado por Larissa Braz