Para entendermos a relação entre radicais e catarata é necessário, antes, conhecer um pouco sobre esta doença. A catarata é uma lesão ocular que afeta o cristalino tornando-o opaco, desse modo, a visão fica comprometida já que ele é a lente responsável pela focalização em nossa visão e também pela condução dos raios luminosos até a retina (onde se situam os receptores fotossensíveis).
Dentre os sintomas, encontram-se a visão desfocada sem dor, troca freqüente de lentes corretivas, as cores parecem menos vivas, deficiência na visão noturna, sensibilidade a luz e sensação de iluminação falha. Dentre os fatores causadores da doença distinguem-se: a hereditariedade, doenças crônicas (diabetes), uso excessivo de remédios à base de esteróides. É aí que entram os radicais: quando não removidos corretamente do cristalino, eles danificam algumas células do olho gerando assim a catarata, apesar de ser mais frequentemente observada como resultado de outras doenças oculares e com a idade.
Por isso, como parte do tratamento alguns oftalmologistas indicam selênio, beta caroteno, o L-glutation bem como o ascorbato de zinco. Esses são alguns antioxidantes (cujo papel está sendo discutido no subtópico antioxidantes) que ajudam no combate a doença, a maioria encontrada naturalmente em alguns alimentos, como a castanha do Pará no caso do selênio. Mas, cuidado com a dosagem! Em excesso eles também são nocivos.
Além disso, as espécies reativas do metabolismo de oxigênio oxidam ácidos graxos insaturados presentes em alta concentrações nas membranas e nos lisossomos dos seguimentos externo dos fotorreceptores. Células pigmentadas periféricas do epitélio de mamíferos (EPR) fagocitam os subprodutos da peroxidação das membranas e os restos de cones e bastonetes e os degradam enzimaticamente. Assim, com o passar dos anos, há um acúmulo gradual destes subprodutos nas células do EPR sob a forma de lipofuscina que acontece, normalmente, não pela diminuição da capacidade enzimática e sim pelo aumento da oferta de moléculas degradadas, que excede a capacidade de digestão pelas células do EPR.
Quando a quantidade de lipofuscina acumulada nas células do EPR atinge um limite, ocorre extrusão do material, que se acumula dificultando as trocas de nutrientes e de metabólitos, prejudicando a função do EPR, que é de suportar metabolicamente os cones e os bastonetes que por sua vez têm a sua função diminuída, podendo evoluir para a morte celular. Pode ocorrer também uma maior produção de radicais já que a lipofuscina permite a passagem de radiações, como a solar. A retina, com o passar da idade, contém mais lipofuscina que a maioria dos outros tecidos do corpo, por isso transtornos de visão também são mais comuns com o passar dos anos.
Agora, vocês já sabem o papel dos radicais nessa doença. Só falta a realização do nosso papel para tentar evitar doenças como esta, ou seja, evitando o excesso destes com hábitos saudáveis.
Referências Bibliográficas:
http://www.bausch.com.br/br/vision/concerns/cataract/index.jsp
http://www.drauziovarella.com.br/Sintomas/327/catarata
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42301997000100014&script=sci_arttext
http://www.medicinacomplementar.com.br/temaFEV06.asp
http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0018921
Nenhum comentário:
Postar um comentário