Radicais

Fontes de Radicais Livres

Bom, queridos leitores...
Aqui no nosso blog, vcs já viram o que são radicais, mas e quanto a suas fontes?
É exatamente o tema da postagem de hoje!!!
As fontes dos radicais são classificadas de duas formas: exógenas e endógenas. Dentre as fontes exógenas encontramos:
- herbicidas: agentes herbicidas como o paraquat e o diquat, com a apresentam a propriedade de funcionarem como aceptores de elétrons no fotossistema I (complexo que colabora na transferência de elétrons da fotossíntese), tornando-se assim radicais livres. Porém o sítio em que esses são formados encontra-se perto da ferredoxina (importante na transferência de elétrons do mesmo processo orgânico) tornando doador imediato de elétrons um grupamento ferro-enxofre desse complexo. Essa interrupção na cadeia de elétrons danifica todo o processo da fotossíntese.
- antibióticos;
- raios X, ultravioleta e gama: esses raios agem excitando agem excitando elétrons e, consequentemente, rompendo as ligações entre os átomos tornando as espécies alteradas extremamente reativas.
- cigarro;
- álcool: no trabalho, conduzido por Garret A. FitzGerald, M.D., aparece na edição de hoje de Journal of Clinical Investigation. Esse diz que "em voluntários saudáveis que ingeriram álcool em um teste experimental e em pacientes abstêmios tratados para doenças do fígado induzidas por álcool. Pacientes que abusaram cronicamente do álcool por muitos anos e acabaram por desenvolver cirrose hepática também apresentaram aumento em muitos marcadores do estresse oxidativo."
- solventes industriais;
- consumo excessivo de gorduras saturada: as gorduras poli-insaturadas também podem gerar radicais livres, principalmente quando expostas ao calor e ao sol. Por isso recomenda-se armazenar os óleos vegetais longe da luz direta do sol.
- estresse;
- poluentes atmosféricos.
Analisando, agora, os fatores endógenos encontramos:
- cadeia mitocondrial de transporte de elétrons: nesta etapa de respiração celular, o oxigênio molecular é reduzido integrando a molécula de água. Durante esse processo diversos radicais superóxido são formados.
- montagem de substâncias bactericidas: o oxigênio molecular na presença de NADPH e H+ é convertido em vários radicais chegando até substâncias bactericidas como mostra o esquema abaixo.
- ação da enzima xantina oxidase: essa enzima, derivada da xantina desidrogenase, converte hipoxantina em xantina e xantina em ácido úrico. Esse processo libera também radicais superóxido.
- degeneração de dopamina: a oxidação de dopamina libera radicais livres que destoem neurônios dopaminérgicos, procedimento relacionado ao envelhecimento.
Bibliografia:
http://emedix.uol.com.br/not/not1999/99set15psi-upam-act-alcool.php

 

Exercício físico e os radicais livres, qual a relação entre eles?

Olá, aqui vai mais uma curiosidade a respeito dessas moléculas tão presentes em nossas vidas.


Durante a realização de atividades físicas, aumenta-se o consumo de oxigênio, e ativam-se vias metabólicas específicas. Com isso, há um aumento na produção de radicais livres de oxigênio.


Mas será então que a atividade física é prejudicial à saúde por aumentar a concentração dessas moléculas em nosso organismo?


Felizmente o que ocorre é o contrário, ao se desenvolver um treinamento físico gera-se a exposição crônica ao estresse oxidativo. Essa exposição é capaz de desencadear adaptações a maior produção de radicais livres, o que tende a proteger-nos dos efeitos malignos decorrentes dos altos níveis desses compostos. A seguir explicaremos melhor como isso ocorre.


Primeiramente, é importante que saibamos que as moléculas de radicais livres possuem papel importante em algumas funções fisiológicas, como: ativação do sistema imunológico (macrófagos utilizam peróxido de hidrogênio para combater antígenos); desintoxicação de drogas; produção do fator relaxante derivado do endotélio, o óxido nítrico, extremamente importante nos processos que desencadeiam o relaxamento dos vasos sanguíneos. Esse entendimento nos ajuda a compreender a os radicais livres não possuem apenas aspectos negativos.


Na década de 80, foram realizados estudos, os quais mostraram que a realização de exercícios físicos regulares, promoveu danos ou envelhecimento acelerado nas células musculares das cobaias utilizadas. Quando submetidos a treinamento exaustivo em esteira, o ser humano apresenta danos, por exemplo, ao DNA de leucócitos com pequenas extensões, o que sugere que as adaptações ao treinamento de resistência aeróbica reduzem os efeitos do estresse oxidativo.


Estudos sugerem que essas adaptações são tecido-específicas, ou seja, o mecanismo regulatório desse processo adaptativo apresenta alto grau de complexidade.


Essas modificações sofridas pelo organismo baseiam-se na atuação de uma série de sistemas. Os sistemas enzimáticos, compostos pela superóxido dismutase, catalase, glutationa peroxidase, e os não enzimáticos, compostos por ceruloplasmina, hormônios sexuais, coenzima Q, ácido úrico, proteínas de choque térmico e outros, constituem os mais importantes.


Apesar da ainda não haver consenso quanto ao mecanismo que se dão essas adaptações, sabe-se que exercícios de longa duração e alta intensidade proporcionam maior resistência tecidual a injúrias oxidativas por radicais livres.


Entre outras melhoras no funcionamento dos nossos sistemas orgânicos que a realização de atividades físicas proporciona, está a melhora da eficiência cardíaca, constatada, através de estudos detalhados, inclusive em indivíduos idosos. Nesse caso observa-se diminuição da frequência cardíaca, em repouso e durante a realização de atividades físicas, o que representa um importante fator para diminuição de riscos de acidentes vasculares.


Infelizmente, as técnicas de detecção e avaliação do estresse oxidativo, em sua maioria não são eficientes quando aplicados para exercícios de curta duração. Por esse motivo, para fins de estudos, devem-se utilizar protocolos que contemplem exercícios de longa duração e/ou extenuantes associados a dietas específicas, ricas em nutrientes antioxidantes.


Portanto, caros leitores, exercícios físicos são extremamente importantes para se manter uma boa qualidade de vida. Mas é imprescindível o acompanhamento de profissionais qualificados para aperfeiçoar os resultados do seu treinamento.


Obrigado, e até breve.




Referências bibliográficas:






O que são radicais livres?
Radicais livres são espécies químicas extremamente instáveis e muito reativas, que apresentam um ou mais elétrons não pareados em sua camada mais externa, e tendem a associarem-se rapidamente a moléculas de carga positivas reduzindo-as. Um exemplo é o superóxido, formado pla adição de um elétron a uma molécula de oxigênio. Nessa reações é possível haver o rompimento de moléculas importantes, no corpo. Esse rompimento, muitas vezes, é capaz de originar novas moléculas de radicais livres, resultando assim em uma reação em cadeia, que tenderá a aumentar a concentração desses elementos tóxicos.

No organismo humano, esses radicais livres têm origem nas células, quando há redução parcial do oxigênio envolvido na produção energética, através da metabolização dos nutrientes absorvidos na alimentação. Entretanto, os radicais livres não têm origem restrita ao metabolismo celular, fatores exógenos também contribuem para a formação desses elementos. Exemplos desses fatores são:

- Poluição ambiental;

- Raios-x e radiação ultravioleta;

- Tabagismo;

- Álcool;

- Resíduos de pesticidas;

- Substâncias presentes em alimentos e bebidas (aditivos químicos, hormônios.)

- Estresse;

- Consumo excessivo de gorduras saturadas.

No organismo, os radicais livres podem danificar células normais, e assim alguns quadros patológicos surgem, como: envelhecimento acelerado, artrite reumatóide, arteriosclerose, enfraquecimento do sistema imunológico, câncer, doença de Alzheimer, enfisema, diabetes mellitus, degeneração muscular, catarata entre outros danos a saúde. Porém quando em baixas concentrações, não são prejudiciais.

Como forma de manter essas moléculas em níveis seguros, as células produzem enzimas que convertem esses elementos em outros menos danosos, como a água. Há ainda enzima protetoras, que atuam reparando os danos causados pela ação dos radicais livres, e assim amenizando os efeitos negativos destes. Substâncias antioxidantes, como vitaminas E e C e o beta-caroteno são capazes de inativarem radicais livres derivados do oxigênio. Com base nisso, se faz necessária uma dieta balanceada, composta por ingredientes ricos em elementos antioxidantes, entre outros nutrientes, que pode ser elaborada e acompanhada por profissionais da saúde visando melhores resultados, que proporcionará uma melhor qualidade de vida.