domingo, 12 de junho de 2011

Capacidade antioxidante in vitro e in vivo!

Sei que prometi trazer nesta postagem um tema relacionado especificamente a ação da vitamina C contra radicais livres e as convicções acerca disso por um dos mais ilustres químicos que a humanidade já viu, mas... mas.... como as coisas ocorrem as vezes de maneira imprevisível, resolvemos fazer esse post com base em um artigo que nos foi indicado por nosso professor Marcelo Hermes através de nossa monitora Petra Araújo.

A gama de efeitos benéficos dos antioxidantes relacionados às desordens e doenças induzidas pelo estresse oxidativo vem sendo amplamente estudada. Porém, a maioria desses estudos é feita in vitro. Tal observação difere em vários aspectos com relação à ação original de tais antioxidantes quando atuam in vivo. Neste post, abordaremos de maneira simplificada um tema muito atual que recentemente foi publicado em um artigo do Instituto Nacional de Avanço Industrial Ciência & Tecnologia, em Osaka, Japão.

Pois bem, como já dito acima, muitos métodos têm sido desenvolvidos como o intuito de desvendar as bases dos mecanismos, dinâmica da ação, e os métodos propostos para avaliar a capacidade de limpeza de radicais livres e a inibição da peroxidação de lipídeos, tanto in vitro quanto in vivo. Devido ao fato de inúmeras espécies, reações e mecanismos envolvidos no estresse oxidativo do corpo humano, torna-se um pouco complicado estudar a ação antioxidantes, visto que não existe um método universal e único para avaliar a capacidade antioxidante, e por vezes tais estudos terminam como inconclusivos e incompreensíveis. As vantagens e desvantagens dos vários métodos dos efeitos antioxidantes são discutidos em termos de simplicidade, mecanismos, relevância biológica, quantidade de métodos, instrumentação requerida, dentre outros.


Os organismo aeróbios conseguiram ao longo da evolução desenvolver uma eficiente rede de defesa contra o estresse oxidativo. Seja por meio de enzimas, ou outras pequenas moléculas que funcionam como antioxidante. Do ponto de vista funcional, os antioxidantes podem ser classificados como antioxidantes preventivos, antioxidantes removedores, e antioxidantes reparadores, tais nomes são auto sugestivos. Além disso, recentemente têm surgido evidências que mostram que alguns antioxidantes também atuam como sinalizadores de mensagens celulares na regulação do nível de componentes antioxidantes e enzimas.

Em síntese, a capacidade de regular níveis de antioxidantes, bem como a ação destes, é determinada por toda uma rede de sinais que interage interligando diversos compostos que são necessários para estimulação ou inibição de vários antioxidantes e enzimas de uma determinada via, o que dificulta ainda mais a observação da forma de atuação dos antioxidantes in vitro serem comparadas com a forma que atuam in vivo, como por exemplo no caso de uma interação mais eficiente na ação antioxidante sinergista entre vitaminas E e C.

Com tudo isso que foi explicado, é possível observar que o efeito antioxidante observado in vitro permanece de certa forma obscuro, devido a dificuldade de achar um método universal e mais simples. Em organismos vivos então, isso é ainda mais difícil de se mostrar, assim como o efeito deles na prevenção e tratamento de doenças. O que conclui-se com tudo isso é que mais estudos devem ser feitos para podermos elucidar todas essas questões para relacionar fármacos a diversas doenças.


Então até a próxima. E prometo que da próxima vez será sobre a Vitamina C e o personagem surpresa :D.

Um comentário:

  1. Ola.. td bem? gostei muito do post e principalmente da figura... vcs tem a referencia de onde ela foi tirada? Obrigada... Bruna

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